O parque abriga o Pico do Itacolomi, com 1.772 metros de altitude, que era ponto de referência para os antigos viajantes da Estrada Real, como o bandeirante paulista Antônio Dias, que o chamava de “Farol dos Bandeirantes”. A palavra itacolomy vem da língua tupi e significa “pedra menino”, os índios viam o pico como o “filhote” da montanha ou “pedra mãe”.
A Fazenda São José do Manso, no interior da unidade, era um pólo produtor de chá na primeira metade do século 20, e um exemplar da arquitetura colonial deixado pelos bandeirantes em Minas.
Suas matas predominam as quaresmeiras e candeias ao longo dos rios e córregos. Nas partes mais elevadas, aparecem os campos de altitude com afloramentos rochosos, onde se destacam as gramíneas e canelas de emas. Abriga muitas nascentes, escondidas nas matas, que deságuam, em sua maioria, no rio Gualaxo do Sul, afluente do rio Doce. Os mais importantes são os córregos do Manso, dos Prazeres, Domingos e do Benedito, o rio Acima e o ribeirão Belchior.
Diversas espécies de animais raros e ameaçados de extinção podem ser encontradas na unidade de conservação, como o lobo guará, a ave-pavó, a onça parda e o andorinhão de coleira (ave migratória). Também podem ser vistas espécies de macacos, micos, tatus, pacas, capivaras e gatos mouriscos. Levantamentos identificaram mais de 200 espécies de aves, como jacus, siriemas e beija-flores.
Infraestrutura
O Parque possui as seguintes infraestruturas e equipamentos:
Portaria;
Espaço de credenciamento dos visitantes;
Centro de visitantes com exposição permanente sobre a biodiversidade e cultura local;
Auditório;
Casa Bandeirista, Museu do Chá (espaços com exposições permanentes);
Capela de São José (capela de meados do séc. XX);
Área de camping com capacidade para 30 barracas ou 120 pessoas;
Área de convívio com quiosques, 4 churrasqueiras, mesas e bancos, parquinho e quadra de areia;
Banheiros e Vestiários masculino e feminino;
4 casas alojamento com capacidades para até 8 pessoas cada;
1 Casa do Pesquisador;
Residência funcional institucional;
1 Casa de Hóspedes com capacidade para 13 pessoas;
Trilhas estruturadas e sinalizadas em português;
Restaurante (fechado: em processo de licitação);
Horário de Funcionamento
A visitação acontece de terça a domingo, das 8h às 17h, o credenciamento é realizado até as 16hs.
Como chegar
Partindo de Belo Horizonte, seguir pela BR 040 por 30km, sentido Rio de Janeiro, até o trevo de acesso à BR 356, a Rodovia dos Inconfidentes, pela qual deve se seguir até Ouro Preto. Após a entrada da cidade, seguir pela rodovia em direção à Mariana por aproximadamente 7km até o trevo onde se localiza o Hospital Santa Casa Misericórdia e a portaria do parque, num percurso total de 110Km.
O acesso é pavimentado e asfaltado, existe sinalização desde a BR 040, trevo para estrada dos Inconfidentes. Da portaria do parque até o centro de visitantes são 5 km de estrada de terra, velocidade máxima de 30km/h. Os veículos devem ficar nos estacionamentos existentes.
Existe transporte público do centro de Ouro Preto passando próximo a portaria do Parque: linhas de ônibus Cooperouro, Pocinho ou Hospital; e taxi lotação sentido bairro Bauxita.
Localização
Obs: Partindo de Lavras Novas, deve-se seguir pela MG-129, estrada de Ouro Branco, num percurso de 18Km até a portaria.
Contatos e Endereço
E-mail: peitacolomi@meioambiente.mg.gov.br
Tel: (31) 3551 6193
Endereço: BR 356, km 97.6, em frente o trevo do Hospital Santa Casa, Ouro Preto, MG CEP: 35.400-000.
Ingressos e Tarifas
O valor da entrada é R$20,00 por pessoa.
O valor da diária para o uso da infraestrutura é:
Uso de infraestrutura (Diária)
Camping
R$ 40,00 por pessoa
Alojamentos
Capacidade até 4 pessoas
R$ 50,00 por pessoa
Capacidade até 8 pessoas
R$ 40,00 por pessoa
Auditório – capacidade de até 100 pessoas
R$ 500,00
Atrativos e Atividades
O parque possui diversos atrativos e trilhas:
Trilha do Pico do Itacolomi: Do alto do Pico do Itacolomi, a 1.772 m de altitude, tem-se vista de 360º e uma paisagem magnífica, abrangendo a cidade de Ouro Preto e as serras e o relevo de mares de morros do entorno. A trilha possui extensão de 6 km (a partir do Centro de Visitantes), permitido saída até as 11hs, por questões de segurança. O tempo aproximado do percurso total de 12Km é de 4 horas (ida e volta), e tem uma dificuldade de média para alto. O pico que motivou a criação da unidade de conservação, está localizado no Vale do Tripuí, município de Mariana, embora seu acesso seja pelo parque em Ouro Preto.
Trilha dos Sentidos: Estatrilha é curta e leva aos visitantes uma aventura emocionante e que torna a conexão com a natureza potencializada em um caminho preparado para proporcionar sensações extraordinárias, através do toque e do caminhar descalço em pequenos trechos. Para fazer a trilha deve ser realizado o agendamento pelo e-mail do parque. A realização da atividade tem capacidade para 15 pessoas, com duração de 40 min, em média.
Obs: Para esta trilha é necessário levar toalha e chinelos.
Trilha do Forno: Tem 1.200 metros de extensão e abriga, no final, as ruínas de um antigo forno que pertenceu à Olaria Roque Pinto no século XIX. Percorre uma área de mata atlântica com trechos alagadiços e tem como objetivo mostrar a importância da água para a manutenção da vida. Tempo de duração da trilha é de aproximadamente 1 hora e possui fácil acesso.
Trilha da Capela: Tem 1.400 metros de extensão e localiza-se em uma área que sofreu significativa interferência humana na primeira metade do século XX, com as extensas plantações de chá e com o cultivo de eucalipto. Inicia-se ao lado da Capela de São José e em seu percurso é possível perceber diferentes tipos de vegetação e de solos existentes no parque. Tempo de duração da trilha é de aproximadamente 1 hora e possui fácil acesso.
Lagoa da Capela: com a água límpida e paisagem agradável no entorno, a lagoa é destinada para banhos, possui deque e bancos. Está localizada a 200 metros da sede.
Trilha da Lagoa:com 450 m, circunda a área da Lagoa da Capela, passando por áreas planas e alagadiças, com vegetação predominante de mata atlântica. Trilha de fácil acesso com percurso durando 20 minutos, em média.
Trilha do Mirante do Custódio: trata-se de um mirante natural de onde avista-se a represa do Custódio, sua mata ciliar e o distrito de Lavras Novas. A trilha possui uma extensão de 6 km a partir do Centro de Visitantes e o tempo aproximado para realizar o percurso é de 3 horas (ida e volta). A trilha tem dificuldade baixa a média.
Represa do Custódio: Construída na década de 1940. Situa-se a 8 km de distância da sede do parque, no distrito de Lavras Novas. Bom para apreciação da vista, mas não é permitido o banho ou a prática de esportes náuticos. Grau de dificuldade: médio.
Trilha do Mirante do Morro do Cachorro: caminho por estrada de terra até o local onde se avista as cidades de Ouro Preto e Mariana, a Serra do Caraça, o Pico do Itacolomi, o Pico de Itabirito e o distrito de Lavras Novas. Sua extensão é de 2Km ida/volta, a partir do centro de visitantes, o tempo de percurso é de 1h30min e dificuldade média.
Casa Bandeirista: é a antiga sede da fazenda São José do Manso, construída entre 1706 e 1708, hoje abriga uma exposição permanente sobre os viajantes naturalistas que passaram por Minas. Esta é considerada por especialistas uma das três amostras da arquitetura paulista em Minas Gerais e o primeiro prédio público do Estado, que servia para cobrança de impostos e vigilância das minas sendo, por isso, tombada pelo IEPHA em 1998.
Museu do Chá: Situa-se na antiga Fazenda São José do Manso, que foi polo produtor de chá na primeira metade do século 20. Grande parte do maquinário alemão utilizado na produção se encontra ainda no galpão e é hoje a principal parte da exposição.
Capela de São José: Construída em meados do século 20, sob a recomendação de um padre após relatos de aparições de almas penadas nas imediações. Possui uma Via-Sacra diferente, feita por artistas plásticas ouropretanas que utilizaram materiais colhidos na natureza para sua confecção.
Centro de Visitantes: Abriga uma exposição sobre a fauna e flora do parque e região.
Orientações
Para hospedagem em suas instalações é necessário agendamento prévio através do e-mail do parque.
Os alojamentos possuem toda estrutura para hospedagem:
1. 3 casas que comportam até 8 pessoas: quarto 1 com 2 beliches; quarto 2 com 2 beliches; banheiro, cozinha / sala com mesa, fogão e geladeira.
2 . 2 casas que comportam até 6 pessoas: quarto 1 com 1 beliche e 1 cama de solteiro; quarto 2 com 1 beliche e 1 cama de solteiro; banheiro; cozinha / sala com mesa, fogão e geladeira.
3 . 1 Casa do pesquisador que comporta até 10 pessoas: quarto 1 com 2 beliches; quarto 2 com 2 beliches; quarto 3 com 1 cama de casal e banheiro; sala; copa; banheiro; e cozinha com geladeira e fogão; (a casa do pesquisador tem uso prioritário para pesquisadores, podendo ser reservada conforme disponibilidade).
4 . Área de camping oferece uma estrutura para 30 barracas, banheiros, chuveiro quente, área para lavar louça, área de churrasqueira, área de convívio com local reservado para fogueira, parquinho para crianças e quadra de areia.
OBS: O restaurante está temporariamente sem funcionamento. Traga sua alimentação.
É necessária a apresentação do cartão de vacinação para entrada no parque e que foi imunizado contra a febre amarela com prazo de 10 dias de antecedência a visita no parque.